
Além
disso, embora tenha poder ilimitado, Jeová nunca age injustamente. Moisés o
descreveu como “Deus de fidelidade e sem injustiça; justo e reto é ele”.
(Deuteronômio 32:4) Tudo o que Jeová faz se harmoniza com sua maravilhosa
personalidade. Suas ações demonstram a perfeita harmonia de suas qualidades
principais: amor, sabedoria, justiça e poder.
Veja
como tudo isso se relaciona com o que aconteceu no jardim do Éden. Como Pai
amoroso, Jeová proveu os humanos de tudo o que eles precisavam. Ele deu a Adão
a capacidade de pensar, raciocinar e chegar a uma conclusão. Diferente da
criação animal, que é basicamente guiada por instinto, Adão tinha a capacidade
de fazer escolhas. O resultado disso foi que, do seu trono celestial, Deus
olhou para baixo e viu “tudo o que tinha feito, e eis que era muito bom”.
— Gênesis 1:26-31; 2 Pedro 2:12.
Quando
decidiu ordenar a Adão que não comesse da “árvore do conhecimento do que é bom
e do que é mau”, Jeová forneceu instruções suficientes para que Adão pudesse
decidir o que fazer. Ele autorizou Adão a comer de “toda árvore do jardim”,
exceto de uma, e o avisou sobre os resultados trágicos que sofreria se comesse
do fruto da árvore proibida. (Gênesis 2:16, 17) Dessa forma, ele deixou claro
para Adão quais seriam as consequências de suas ações. O que Adão faria?
Pelo visto, Jeová escolheu não prever o que
Adão e Eva fariam, embora ele tenha a capacidade de saber tudo com
antecedência. Portanto, a questão não é se Jeová pode prever o futuro,
mas, sim, se ele escolhe fazer isso. Além disso, podemos raciocinar que
Jeová, sendo um Deus de amor, não predeterminaria, de forma intencional e
cruel, que haveria uma rebelião — com todas as suas tristes consequências.
(Mateus 7:11; 1 João 4:8) Assim, no que se refere à presciência de Jeová,
ele a usa de forma seletiva, isto é, ele decide como e quando usá-la.
Será que o fato de Jeová usar sua presciência
de forma seletiva significa que ele de certo modo tenha alguma deficiência, ou
imperfeição? Não. Moisés descreveu Jeová como “a Rocha”, e acrescentou:
“Perfeita é a sua atuação.” Ele não tem culpa das consequências do pecado
humano. Os efeitos desastrosos que todos nós sentimos hoje se originam daquele
ato injusto de desobediência. O apóstolo Paulo raciocinou de forma clara que
“por intermédio de um só homem entrou o pecado no mundo, e a morte por
intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens, porque
todos tinham pecado”. — Deuteronômio 32:4, 5; Romanos 5:12; Jeremias 10:23.
A capacidade de escolher usar ou não a
presciência pode ser ilustrada por um recurso da tecnologia moderna. Alguém que
gravou um evento esportivo tem a opção de assistir os momentos finais da
partida a fim de saber o resultado. Mas ele não precisa fazer isso. Quem
poderia criticá-lo se ele escolhesse assistir a partida inteira, desde o
começo? De maneira similar, o Criador pelo visto preferiu não ver como as
coisas terminariam. Ele preferiu esperar e ver como seus filhos na Terra se
comportariam à medida que os eventos ocorressem.
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