ESTE livro das Escrituras inspiradas certamente é bem denominado. É uma
lamentação que expressa profundo pesar sobre aquele evento calamitoso na
história do povo escolhido de Deus, a destruição de Jerusalém, em 607 AEC, por
Nabucodonosor, rei de Babilônia. Em hebraico este livro é chamado segundo a sua
primeira palavra, ’Eh·kháh!, que significa “Como!”. Os tradutores da Septuaginta
grega chamaram o livro de Thré·noi, que quer dizer “Endechas; Lamentos”.
O Talmude babilônico usa o termo Qi·nóhth, que significa “Endechas;
Elegias”. Foi Jerônimo, escrevendo em latim, que lhe deu o nome de Lamentationes,
de onde vem o título em português.
O livro de Lamentações expressa a completa confiança de Jeremias em
Deus. Na mais extrema angústia e esmagadora derrota, sem haver absolutamente
esperança de conforto de alguma fonte humana, o profeta aguarda a salvação da
mão do grande Deus do universo, Jeová. Lamentações deve inspirar em todos os
verdadeiros adoradores a obediência e integridade, dando ao mesmo tempo aviso temível
concernente àqueles que desconsideram o maior dos nomes e o que este
representa.
(LAMENTAÇÕES 1:12-22). Admite-se isto à medida que a
própria Jerusalém fala. Ela pergunta se existe algum pesar que se iguale à dor
que Deus a fez sentir. Ele enviou fogo que desolou o templo. Os pecados da
cidade viraram jugo, e o sangue fluiu como suco ao Deus pisar o “lagar” dela.
Sião estendeu mãos em pesar e súplica, mas não achou consolador, e Jeová agiu
com justiça ao punir a rebelde Jerusalém. Que os exultantes inimigos dela sejam
tratados por ele com igual severidade!
(LAMENTAÇÕES 1:15) Jeová pisou o próprio lagar de vinho pertencente à virgem filha de Judá
— Isto aconteceu no sentido de que
ele havia decretado e permitido . “A virgem filha de Judá” era Jerusalém, que
se pensava ser como uma mulher inviolável. Quando os babilônios destruíram essa
capital de Judá, em 607 AEC, houve grande derramamento de sangue,
comparável ao suco resultante do esmagamento de uvas num lagar. Jeová cuidará
de que a cristandade, a antitípica Jerusalém, seja similarmente esmagada.
(LAMENTAÇÕES 2:1) — Como ‘a beleza de
Israel foi lançada do céu para a
terra’? Uma vez que “os céus são mais altos do que a terra”, o
rebaixamento de coisas exaltadas às vezes é representado por estas serem
‘lançadas do céu para a terra’. “A beleza de Israel” — a glória e o poder
que possuía enquanto tinha a bênção de Jeová — foi lançada para baixo com
a destruição de Jerusalém e a desolação de Judá. — Isaías 55:9.
(LAMENTAÇÕES 2:3)
. . .No ardor da ira, ele
cortou todo chifre de Israel. Fez recuar a sua direita de diante do inimigo; E
continua ardendo em Jacó como fogo chamejante que devora em todo o redor.
Não foi
fogo de procedência humana que queimou Jerusalém na visão. Foi fogo milagroso
procedente da organização de Deus, semelhante a um carro celeste. O que
significa isso? O seguinte: que a destruição completa de Jerusalém COMO QUE por
fogo podia ser uma expressão da ira e do furor de Jeová contra aquela cidade. O
profeta Jeremias, no seu livro de Lamentações, compara o furor de Jeová (com
que Jerusalém foi destruída) a um fogo, embora se usassem além de fogo
também a espada, a fome e a peste
2:1, 6 — O que
é o “escabelo” de Jeová, e o que
é a sua “barraca”? O salmista cantou: “Entremos no
seu grandioso tabernáculo; curvemo-nos junto ao seu escabelo.” (Salmo 132:7)
Assim, o “escabelo” em Lamentações 2:1 refere-se à casa de adoração de Jeová,
ou seu templo. Os babilônios ‘queimaram a casa de Jeová’ como se fosse uma
barraca, ou simples cabana, num quintal. — Jeremias 52:12, 13.
(LAMENTAÇÕES 2:8)
. . .Jeová pensou em arruinar
a muralha da filha de Sião. Estendeu o cordel de medir. Não fez a sua mão
recuar do tragar. E ele faz prantear a escarpa e a muralha. Juntamente se
desfizeram.
Nas
profecias das Escrituras Hebraicas, tal medição fornecia uma garantia de que se
faria justiça à base das perfeitas normas de Jeová. Nos dias do iníquo Rei
Manasses, a medição profética de Jerusalém atestava uma sentença inalterável de
destruição daquela cidade
(LAMENTAÇÕES 4:10)
. . .As próprias mãos de
mulheres compassivas cozinharam seus próprios filhos. Tornaram-se qual pão para
alguém durante o desmoronamento da filha do meu povo. . .
Séculos
antes, Moisés alertara os israelitas de que seu futuro seria marcado quer por
“bênção”, quer por “invocação do mal”. Usufruiriam bênçãos se guardassem os
mandamentos de Deus, mas trariam sofrimentos sobre si mesmos caso rejeitassem Seus
caminhos justos. Uma das terríveis consequências seria que os israelitas
chegariam ao ponto de comer seus próprios filhos. (Deuteronômio
28:1, 11-15, 54, 55; 30:1; Levítico 26:3-5, 29) Isto
realmente aconteceu depois que Jeová abandonou essa nação sem fé e desobediente
às mãos dos babilônios. A falta de alimentos na Jerusalém sitiada era tão
extrema, e a resultante fome tão premente, que algumas mães, que normalmente
seriam compassivas, cozinharam e canibalisticamente comeram seus filhos.
— Veja Lamentações 2:20.. Ocorreu uma situação similar depois que os
judeus rejeitaram o Messias, que alertara sobre um vindouro cerco de Jerusalém.
(Mateus 23:37, 38; 24:15-19; Lucas 21:20-24) O historiador Josefo
descreveu um dos horrores do cerco, em 70 EC: “Maria, a filha de Eleazar,
. . . matou seu filho, depois assou-o e comeu metade, escondendo e
guardando o restante.” — The Jewish War (A Guerra
Judaica), traduzido para o inglês por G. A. Williamson, capítulo 20,
página 319.
Adorei o blog. Parabéns!
ResponderExcluirSempre estou passando por aqui! Não deixe de postar! Abraços irmão!!
ResponderExcluirMuito obrigado pela ajuda espiritual. Que Jeová lhe dê em dobro!
ResponderExcluirObrigado pela ajuda. Que Jeová continue te abençoando.
ResponderExcluirClique aqui para ver o código!
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