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11:07

Epidemias no século 20



A PESTE NEGRA na Europa do século 14 não levou ao fim do mundo, como muitos prediziam. Mas que dizer de nossos dias? Sugerem as epidemias e doenças atuais que vivemos no período que a Bíblia chama de “últimos dias”? — 2 Timóteo 3:1.

‘Certamente que não’, talvez pense. Como nunca antes na História, os avanços médicos e científicos ajudam-nos a entender e a combater as doenças. Os cientistas da medicina criaram uma ampla variedade de antibióticos e vacinas — armas poderosas contra as doenças e os micróbios que as causam. Melhoras no atendimento hospitalar, no tratamento da água, no saneamento e na preparação de alimentos também têm ajudado na batalha contra as doenças infecciosas.

Algumas décadas atrás, muitos achavam que a luta estava quase no fim. A varíola havia sido erradicada e outras doenças estavam na mira da erradicação. Drogas curavam eficazmente inúmeras moléstias. Os profissionais da saúde viam o futuro com otimismo. As doenças infecciosas seriam derrotadas, numa sucessão de vitórias. A medicina venceria.

Mas não venceu. As doenças infecciosas ainda hoje são a causa principal de mortes no mundo, mais de 50 milhões apenas em 1996. O otimismo do passado está cedendo lugar à crescente preocupação com o futuro. O The World Health Report (Relatório da Saúde Mundial) de 1996, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), alerta: “Boa parte do progresso feito em décadas recentes na melhora da saúde humana corre risco. Estamos no limiar de uma crise global de doenças infecciosas. Nenhum país é seguro.”

Velhas doenças tornam-se mais mortíferas

Uma causa de preocupação é que doenças bem conhecidas, que pareciam derrotadas, estão voltando mais mortíferas e mais difíceis de curar. Um exemplo é a tuberculose, outrora considerada subjugada nos países desenvolvidos. Mas ela não desapareceu, e está matando cerca de três milhões de pessoas por ano. Se não houver um controle melhor, calcula-se que 90 milhões de pessoas contrairão essa doença nos anos 90. Tuberculose resistente a medicamentos alastra-se em muitos países.

Outro exemplo de doença reemergente é a malária. Quarenta anos atrás, os médicos tinham esperança de erradicar rapidamente a malária. Hoje, a doença mata uns dois milhões de pessoas por ano. A malária é endêmica, ou sempre presente, em mais de 90 países e ameaça 40% da população mundial. Mosquitos portadores dos parasitos da malária têm-se tornado resistentes a inseticidas, e os próprios parasitos tornaram-se tão resistentes a drogas que os médicos temem que alguns tipos de malária logo se tornem incuráveis.

Doenças e pobreza

Outras doenças matam implacavelmente, mesmo existindo armas de combate eficazes. Veja o caso da meningite espinhal. Existem vacinas para prevenir a meningite e drogas para curá-la. Houve um surto na África subsaariana no início de 1996. É provável que você pouco ouviu falar a respeito; no entanto, matou mais de 15.000 pessoas — a maioria pobres, predominantemente crianças.

As infecções do trato respiratório inferior, incluindo a pneumonia, matam quatro milhões de pessoas por ano, a maioria crianças. O sarampo mata anualmente um milhão de crianças e a coqueluche 355.000. Muitas dessas mortes também seriam evitáveis por meio de vacinas de baixo custo.

Umas oito mil crianças morrem por dia de desidratação diarréica. Quase todas essas mortes poderiam ser evitadas com bom saneamento e boa água potável ou pela administração oral de uma solução reidratante.

A maioria dessas mortes ocorrem nos países em desenvolvimento, onde a pobreza é grande. Cerca de 800 milhões de pessoas — uma grande parcela da população mundial — não têm assistência médica. Disse o The World Health Report 1995: “A maior assassina do mundo e a maior causa de má saúde e de sofrimento ao redor do globo é alistada quase no fim da Classificação Internacional de Doenças. Seu código é Z59.5 — extrema pobreza.”

Doenças recém-reconhecidas

Ainda outras doenças são recém-chegadas, identificadas apenas recentemente. A OMS declarou, há pouco tempo: “Nos últimos 20 anos, emergiram pelo menos 30 doenças novas, ameaçando a saúde de centenas de milhões de pessoas. Para muitas dessas doenças não existe tratamento, nem cura nem vacina, e a possibilidade de preveni-las ou controlá-las é limitada.”

Considere, por exemplo, o HIV e a Aids. Desconhecidos apenas uns 15 anos atrás, afligem agora pessoas em todos os continentes. Atualmente, cerca de 20 milhões de adultos estão infectados com o vírus HIV, e mais de 4,5 milhões já desenvolveram a Aids. Segundo o Human Development Report 1996, a Aids é hoje a causa principal de morte de adultos com menos de 45 anos na Europa e na América do Norte. Mundialmente, umas 6.000 pessoas são infectadas por dia — uma a cada 15 segundos. Segundo as projeções, o número de casos de Aids seguirá aumentando rapidamente. Acredita-se que, por volta do ano 2010, a expectativa de vida nos países africanos e asiáticos mais atingidos pela Aids terá diminuído para 25 anos, segundo um órgão de desenvolvimento internacional americano.

É a Aids uma doença sem igual, ou poderiam emergir epidemias de outras doenças com danos similares ou mesmo piores? A OMS responde: “Sem dúvida, doenças agora desconhecidas, mas com o potencial de ser a Aids de amanhã, estão de emboscada.”

Fatores que favorecem os micróbios

Por que os sanitaristas se preocupam com epidemias futuras? Uma das razões é o crescimento das cidades. Cem anos atrás, apenas uns 15% da população mundial viviam em cidades. Prevê-se, no entanto, que por volta do ano 2010 mais da metade das pessoas no mundo viverá em centros urbanos, em especial nas megacidades dos países menos desenvolvidos.

Agentes infecciosos florescem em áreas densamente povoadas. Numa cidade com boas moradias, adequados sistemas de tratamento de água e de esgoto e bons serviços de saúde, o risco de epidemias é reduzido. Mas as cidades que mais crescem são as de países pobres. Há cidades com média de apenas um sanitário para cada 750 pessoas, ou mais. Além disso, em muitas áreas urbanas faltam boas moradias, água limpa e postos de saúde. Onde centenas de milhares de pessoas vivem apinhadas em condições de pouca higiene, a probabilidade de transmissão de doenças é muito maior.

Significa isso que as epidemias do futuro se limitarão a superpovoadas e pobres megacidades? A revista Archives of Internal Medicine responde: “É preciso realmente entender que os bolsões de extrema pobreza, desesperança econômica e suas conseqüências oferecem os mais férteis campos para semear infecção e atropelar a tecnologia do restante da humanidade.”

Não é fácil confinar a doença a uma região. O deslocamento humano é enorme. Diariamente, um milhão de pessoas cruza as fronteiras internacionais. Toda semana, um milhão de indivíduos viaja entre países ricos e pobres e, junto com eles, os micróbios letais. A revista da Associação Médica Americana observa: “Atualmente, um surto de doença em qualquer lugar tem de ser encarado como ameaça para a maioria dos países, em especial para os que servem de eixos principais de viagens internacionais.”

Assim, apesar dos avanços da medicina no século 20, as epidemias continuam a ceifar muitas vidas humanas, e muitos temem que o pior ainda está por vir. Mas, o que diz a Bíblia sobre o futuro?

[Destaque na página 4]

As doenças infecciosas ainda são a causa principal de mortes no mundo, matando mais de 50 milhões de pessoas só em 1996

[Foto na página 5]

Apesar de melhorados tratamentos de saúde, a medicina não consegue conter a disseminação de doenças infecciosas


Resistência a antibióticos

Muitas doenças infecciosas estão ficando mais difíceis de curar, pois tornaram-se resistentes a antibióticos. Eis o que acontece: quando as bactérias infectam uma pessoa, elas multiplicam-se constantemente, transferindo seus traços genéticos para a prole. A cada nova bactéria produzida vem a possibilidade de ocorrer uma mutação — um pequeno erro de cópia que dará à nova bactéria características novas. A probabilidade de uma bactéria sofrer mutação e tornar-se resistente a um antibiótico é pequeníssima. No entanto, as bactérias reproduzem-se aos bilhões, produzindo, às vezes, três gerações de descendência em uma hora. Assim, o improvável acontece — vez por outra surge uma bactéria difícil de eliminar com antibiótico.

Portanto, quando a pessoa infectada toma um antibiótico, as bactérias não-resistentes são eliminadas, e o doente provavelmente sente-se melhor. Mas as bactérias resistentes sobrevivem. Agora, porém, sem precisar competir por nutrientes e espaço com outros micróbios. Estão livres para se reproduzirem sem restrições. Visto que uma única bactéria pode multiplicar-se em mais de 16 milhões de bactérias num só dia, a pessoa logo adoece de novo. Mas agora ela está infectada por um tipo de bactéria resistente à droga que deveria destruí-la. Estas bactérias podem também infectar outros e, com o tempo, sofrer novas mutações e tornar-se resistentes a outros antibióticos.

Diz um editorial na revista Archives of Internal Medicine: “O rápido desenvolvimento da resistência das bactérias, dos vírus, dos fungos e dos parasitos ao nosso atual arsenal terapêutico não nos faz perguntar se mas quando perderemos essa guerra do homem contra o mundo microbiano.” — O grifo é nosso.

[Quadro na página 7]

Algumas doenças infecciosas novas desde 1976


1976. Doença dos legionários. Estados Unidos

1976. Criptosporidiose. Estados Unidos

1976. Febre hemorrágica ebola. Zaire

1977. Hantavirose. Coréia

1980. Hepatite D (Delta). Itália

1980. Vírus 1 linfotrópico-T

humano. Japão

1981. Aids. Estados Unidos

1982. E. coli O157:H7. Estados Unidos

1986. Encefalopatia espongiforme

bovina*. Reino Unido

1988. Enteritide salmonella PT4. Reino Unido

1989. Hepatite C. Estados Unidos

1991. Febre hemorrágica

venezuelana. Venezuela

1992. Vibrião da cólera O139. Índia

1994. Febre hemorrágica

brasileira. Brasil

1994. Morbilivírus humano e

eqüino. Austrália

*Apenas em animais

Fonte: OMS


Velhas doenças retornam

Tuberculose: calcula-se que mais de 30 milhões de pessoas morrerão de tuberculose nesta década. Devido ao tratamento ineficiente da doença no passado, a tuberculose resistente a medicamentos é agora uma ameaça global. Alguns tipos são atualmente imunes a medicamentos que antes sem falta destruíam as bactérias.

Malária: essa doença aflige 500 milhões de pessoas por ano, matando 2 milhões. O controle tem sido prejudicado pela falta ou mau uso de medicamentos, de modo que os parasitos da malária tornaram-se resistentes a medicamentos que antes os matavam. E a resistência do mosquito a inseticidas complica o problema.

Cólera: mata 120.000 pessoas por ano, a maioria na África, onde as epidemias tornaram-se mais amplas e freqüentes. Desconhecida na América do Sul por décadas, a cólera atacou o Peru em 1991 e, desde então, alastra-se pelo continente.

Dengue: esse vírus transmitido por um mosquito aflige uns 20 milhões de pessoas por ano. Em 1995, a pior epidemia de dengue na América Latina e no Caribe, em 15 anos, assolou pelo menos 14 países ali. As epidemias de dengue aumentam por causa do grande crescimento das cidades, da multiplicação do mosquito transmissor e do grande deslocamento de pessoas infectadas.

Difteria: programas de imunização em massa, que começaram 50 anos atrás, praticamente eliminaram essa doença nos países industrializados. Desde 1990, contudo, tem havido epidemias de difteria em 15 países da Europa Oriental e na ex-União Soviética. Uma em cada 4 pessoas que pegam essa doença morre. Na primeira metade de 1995, foram comunicados cerca de 25.000 casos.

Peste bubônica: em 1995, pelo menos 1.400 casos em humanos foram comunicados à Organização Mundial da Saúde (OMS). Nos Estados Unidos e em outros países, a doença atingiu regiões que há décadas não atingia.

Fonte: OMS
O fim das doenças está proximo!

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