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Aconchegados na neve

SEM roupas e calçados adequados, os humanos sofreriam muito e até morreriam nos gélidos invernos do extremo norte. No entanto, para inúmeros animais, a vida continua, não importa a estação do ano. Além de ficarem bem aquecidos com seus “casacos de inverno”, de pele ou de pena, os animais também fazem bom uso da surpreendente característica isolante da neve.
A neve consiste em cristais de gelo formados diretamente pelo congelamento do vapor de água — 25 centímetros de neve equivalem a cerca de 2,5 centímetros de água. Assim, a neve contém muito ar retido entre os cristais. Esse notável fator a torna um bom isolante contra o frio extremo, protegendo sementes e plantas até o degelo da primavera. Então, igual a um imenso reservatório de água congelada que se amoldou ao terreno, a neve derrete, irrigando o solo e alimentando as correntes de água.

Vida debaixo do “cobertor”

Movendo-se depressa através de uma rede de túneis logo abaixo da neve, animaizinhos peludos realizam suas atividades diárias, que na maior parte envolvem uma busca frenética por alimento. Entre eles estão lemingues, ratos silvestres e musaranhos — pequenos insetívoros noturnos, aparentados às toupeiras. Por outro lado, camundongos podem ser vistos com freqüência correndo sobre a neve à procura de frutinhas, nozes, sementes e da casca macia de árvores novas.
Como mamíferos pequenos conseguem manter a temperatura certa do corpo? Muitos, além do casaco de inverno, têm também dentro de si um “aquecedor” natural na forma de um metabolismo acelerado. Como pode imaginar, esses aquecedores precisam de muito combustível. Os musaranhos, por exemplo, comem todo dia quase o equivalente ao seu peso em insetos, larvas e pupas. A menor espécie de musaranho — o solex minutos — em proporção, come ainda mais! Portanto, praticamente todo o tempo em que estão acordados é preenchido pela procura incansável por comida.
Muitos animais pequenos, por sua vez, são o cardápio preferido de predadores como a coruja e dois outros membros da família da doninha: a doninha-grande e a doninha-anã. Esbeltas e ágeis, as doninhas conseguem transitar com facilidade nos labirintos sob a neve em sua busca por comida. As doninhas até mesmo caçam coelhos maiores do que elas.
As corujas também ficam à espreita. A coruja-lapônica tem uma audição tão aguçada que pode detectar e perseguir um rato silvestre se movimentando debaixo da neve, desde que a camada não esteja muito alta. Assim que a coruja localiza seu alvo, ela se lança de modo certeiro sobre a presa, prendendo-a com suas garras fortíssimas e levando-a embora. Mas neve alta pode significar fome e, conseqüentemente, morte para muitos predadores, além de resultar numa superpopulação de presas.
Assim, para não morrerem de fome durante o inverno, quando há pouco para comer, muitos animais recorrem às reservas de gordura acumuladas durante os meses mais quentes. No entanto, quase sempre há algum alimento disponível. Por exemplo, os alces mordiscam galhos novos de árvores, especialmente pinheiros. Os esquilos se alimentam de sementes nutritivas guardadas em suas “despensas”. As lebres roem raminhos, brotos e a casca nova das árvores. E certas espécies de aves gostam de frutinhas congeladas e ramos de pinheiro.

Mergulho na neve!

Várias aves aproveitam a propriedade isolante da neve para se manterem aquecidas enquanto descansam durante o dia ou dormem à noite. Entre elas estão a galinha-do-mato, o galo-lira, o lagópode e pássaros como o pintarroxo, o pilro-chilreiro e o pardal. Se a camada de neve for alta e macia, algumas aves mergulham nela, como uma ave marinha mergulha na água. Essa estratégia engenhosa não deixa nenhum rastro para predadores verem ou farejarem.
Uma vez dentro da neve, as aves escavam um abrigo horizontal de até 90 centímetros de comprimento, chamado kieppi em finlandês. Durante a noite, ventos apagam da superfície da neve quaisquer sinais de vida debaixo dela. Quando pessoas saem para fazer uma caminhada e chegam bem perto de uma dessas tocas aviárias, o ruído das pisadas alerta as aves. A resultante explosão de neve e o bater frenético de asas, a apenas alguns passos de distância, podem dar um bom susto em qualquer pessoa que caminha por ali.

A troca de “roupa”

Com as mudanças de estação, alguns animais árticos trocam sua “roupa de verão” por um casaco de inverno que combine com o ambiente coberto de neve, numa espécie de camuflagem. Na Finlândia, durante o outono, a pelagem da raposa-ártica, da lebre-azul e de várias espécies de doninhas fica densa, branca ou quase branca.
De modo similar, a plumagem do lagópode, que no verão tem uma coloração mosqueada, se transforma num branco brilhante. E os dedos dos pés, que durante os meses quentes têm poucas penas, passam a ter muitas delas, servindo como eficientes “sapatos de neve”. Mesmo durante a mudança de “roupa”, algumas espécies de presas ficam protegidas porque suas tonalidades variadas combinam com o tom mesclado do chão parcialmente coberto de neve.
Já se perguntou por que as aves, muitas das quais andam na neve ou no gelo com as pernas desprotegidas, não sofrem com o frio sem ao menos sentir muito desconforto? Elas possuem nas pernas um transformador de calor magnificamente planejado. Esse notável projeto faz com que o sangue arterial quente vindo do coração flua para as pernas e aqueça o sangue frio que retorna dos pés.
De fato, dos pólos gelados aos trópicos quentes de nosso planeta, espécies de vida não só sobrevivem a temperaturas extremas, mas se desenvolvem bem nelas. Homens e mulheres que descobrem e documentam essas espécies geralmente recebem muitos elogios por seus esforços — e com razão! Então, quanto mais devemos louvar o Criador dessas maravilhosas formas de vida na Terra! Revelação (Apocalipse) 4:11 diz: “Digno és, Jeová, sim, nosso Deus, de receber a glória, e a honra, e o poder, porque criaste todas as coisas e porque elas existiram e foram criadas por tua vontade.”

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