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09:17

Espantosos sentidos no mundo animal


CAMINHANDO rapidamente em busca de comida, o camundongo sente-se seguro na escuridão. Mas despercebe a capacidade da cascavel de “enxergar” o calor que irradia do corpo do camundongo — um erro fatal. Um linguado jaz totalmente oculto sob uma camada de areia num tanque de tubarões, enquanto um tubarão faminto vem nadando em sua direção. O tubarão não pode ver o linguado; no entanto, num piscar de olhos, ele pára, enfia o focinho na areia e devora a presa.
A cascavel e o tubarão são exemplos de animais dotados de sentidos especializados que os humanos não têm. Por outro lado, muitas criaturas têm sentidos semelhantes aos nossos, porém mais aguçados ou capazes de captar uma variação diferente de percepções. Bom exemplo disso são os olhos.

Olhos que vêem um mundo diferente

As variações de cores que os nossos olhos captam é apenas uma minúscula fração do espectro eletromagnético. Por exemplo, nossos olhos não conseguem ver a radiação infravermelha, cujo comprimento de onda é superior ao da luz vermelha. No entanto, as serpentes-cascavel têm dois orifícios entre os olhos e as narinas, que detectam a radiação infravermelha. Assim, mesmo no escuro elas podem atacar com precisão uma presa de sangue quente.
Depois da cor violeta no fim do espectro visível vem a luz ultravioleta (UV). Embora invisível aos nossos olhos, a luz UV é visível a muitas criaturas, incluindo aves e insetos. As abelhas, por exemplo, orientam-se pelo Sol — mesmo com ele encoberto num dia parcialmente nublado — localizando uma parte de céu azul e observando o padrão formado pela luz UV polarizada. Muitas plantas floríferas apresentam padrões visíveis apenas na faixa UV, e algumas flores têm até mesmo um “indicador de néctar” — uma seção com refletância de UV contrastante — que indica aos insetos a localização do néctar. Certas frutas e sementes se “apresentam” aos pássaros de maneira similar.
Visto que os pássaros conseguem ver na faixa UV e essa luz confere à sua plumagem uma radiância extra, é provável que, aos olhos deles, se pareçam mais coloridos do que aos nossos. Eles têm “um grau de riqueza [visual] além de nossa imaginação”, disse certo ornitólogo. A capacidade de ver luz UV talvez até mesmo ajude certos gaviões e falcões a localizar ratos-calunga, ou ratos silvestres. Como assim? O rato-calunga macho, diz a revista BioScience, “produz urina e fezes que contêm substâncias que absorvem a UV, e ele marca suas trilhas com urina”. Desse modo aquelas aves podem “identificar áreas de alta densidade de ratos-calunga” e concentrar seus esforços ali.

Por que as aves enxergam tão bem?

A visão das aves é uma maravilha. “A razão principal disso”, diz o livro All the Birds of the Bible (Todas as Aves da Bíblia), “é que no tecido formador de imagens, que reveste o interior do olho, existem muito mais células visuais do que no de outras criaturas. O número de células visuais determina a capacidade de o olho ver objetos pequenos à distância. Ao passo que a retina humana tem umas 200.000 células visuais por milímetro quadrado, a maioria das aves tem três vezes mais do que isso, e os gaviões, os abutres e as águias têm um milhão, ou mais, por milímetro quadrado”. Além disso, algumas aves têm a vantagem extra de duas fóveas — áreas de máxima resolução ótica — em cada olho, dando-lhes uma percepção superior de distância e velocidade. Pássaros que pegam insetos em pleno vôo também são assim dotados.
As aves também dispõem de lentes excepcionalmente flexíveis que permitem uma focagem rápida. Imagine como seria perigoso voar — especialmente numa floresta ou entre arbustos fechados — se tudo fosse embaçado. Que sabedoria é evidente no projeto do olho das aves!

O sentido elétrico

O já mencionado incidente, envolvendo o linguado oculto e o tubarão, realmente ocorreu durante um estudo científico sobre tubarões. Os pesquisadores queriam saber se os tubarões e as raias captavam os minúsculos campos elétricos que emanam de peixes vivos. Para descobrir isso, eles ocultaram eletrodos na base de areia do tanque do tubarão e aplicaram a voltagem apropriada. O resultado? Assim que o tubarão se aproximava dos eletrodos, ferozmente os atacava.
Os tubarões possuem o que é chamado de eletrorreceptividade passiva; eles detectam campos elétricos assim como o ouvido passivamente detecta sons. Mas os peixes-elétricos têm eletrorreceptividade ativa. Assim como o morcego que emite um sinal acústico e lê o eco, esses peixes emitem ondas ou pulsos elétricos, dependendo da espécie, e daí, com receptores especiais, detectam qualquer alteração nesses campos. Desse modo o peixe-elétrico pode identificar obstáculos, presas em potencial ou até mesmo um(a) parceiro(a).

Uma bússola embutida

Pense como seria a vida se o nosso corpo estivesse equipado com uma bússola embutida. Perder-se certamente não seria nenhum problema! Dentro do corpo de muitas criaturas, incluindo abelhas e trutas, os cientistas encontraram cristais microscópicos de magnetita, ou pedra-ímã, uma substância magnética natural. As células que contêm esses cristais são ligadas ao sistema nervoso. Assim, as abelhas e as trutas têm mostrado capacidade de detectar campos magnéticos. De fato, as abelhas usam o campo magnético da Terra para a construção de colméias e para a locomoção.
Os pesquisadores descobriram também magnetita em espécies de bactéria que vivem em sedimentos do solo marinho. Quando o sedimento sofre abalos, o campo magnético da Terra atua na magnetita para posicionar as bactérias de tal modo que possam se locomover com segurança de volta para seu habitat no leito marinho. Do contrário, elas morreriam.
É possível que muitos animais migratórios — incluindo aves, tartarugas, salmões e baleias — também tenham um sentido magnético. Mas parece que eles não se guiam só por esse sentido. Pelo visto, orientam suas trajetórias por uma variedade de sentidos. Os salmões, por exemplo, provavelmente usam seu forte sentido de olfato para encontrar a corrente em que nasceram. Os estorninhos europeus navegam orientando-se pelo Sol, e algumas outras aves pelas estrelas. Mas como disse o professor de psicologia Howard C. Hughes, em seu livro “Extraordinários Aspectos Sensoriais: um Mundo além da Experiência Humana”, “obviamente, ainda estamos muito longe de entender esses e outros mistérios da natureza”.

Ouvidos invejáveis

Em comparação com os humanos, muitas criaturas possuem uma audição espantosa. Enquanto nós podemos ouvir sons na freqüência de 20 a 20.000 hertz (ciclos por segundo), os cães podem ouvir na freqüência de 40 a 46.000 hertz, e os cavalos de 31 a 40.000 hertz. Elefantes e gado bovino podem ouvir até mesmo na freqüência infra-sônica (inaudível para a audição humana) até 16 hertz. Visto que as freqüências baixas trafegam mais longe, os elefantes podem comunicar-se a distâncias de uns quatro quilômetros. De fato, alguns pesquisadores dizem que nós poderíamos usar tais animais para nos dar sinais antecipados a respeito de terremotos e graves distúrbios climáticos — ambos os quais emitem sons infra-sônicos.
O alcance da audição dos insetos também é muito grande, alguns na freqüência ultra-sônica de mais de duas oitavas acima do ouvido humano e outros na freqüência infra-sônica. Alguns insetos ouvem por meio de membranas finas e planas, semelhantes ao tímpano, que se encontram em quase todas as partes do corpo, menos na cabeça. Outros ouvem com a ajuda de pêlos delicados que reagem não apenas ao som, mas também aos mais suaves movimentos no ar, como os causados pela mão humana. Essa sensibilidade explica por que é tão difícil matar uma mosca com um tapa.
Imagine poder ouvir os passos de um inseto! Essa audição espantosa pertence ao único mamífero voador do mundo: o morcego. Naturalmente, os morcegos precisam de audição especializada para voar no escuro e pegar insetos por meio de ecolocação, ou sonar. Diz o professor Hughes: “Imagine um sistema de sonar mais sofisticado do que aqueles que se encontram nos nossos submarinos mais modernos. Daí imagine esse sistema sendo usado por um pequeno morcego que cabe facilmente na palma da mão. Todas as operações que permitem ao morcego identificar a distância, a velocidade e até mesmo a espécie de inseto visada são realizadas por um cérebro menor do que a nossa unha do polegar!”
Visto que a ecolocação precisa depende também da qualidade do sinal sonoro emitido, os morcegos têm a “habilidade de controlar o diapasão da voz de modo a causar inveja a qualquer cantor de ópera”, diz certo livro. Aparentemente, por meio das saliências da pele no nariz de algumas espécies, os morcegos podem também concentrar o som num feixe direcional. Esses recursos produzem um sonar tão sofisticado que pode gerar uma “imagem acústica” de objetos tão finos como um fio de cabelo humano!
Além dos morcegos, pelo menos duas espécies de aves — os andorinhões da Ásia e da Austrália e os guácharos da América tropical — também empregam a ecolocação. Mas parece que eles usam essa habilidade apenas para voar nas cavernas escuras que habitam.

Sonar no mar

As baleias odontocetas (providas de dentes) também empregam o sonar, embora os cientistas ainda não tenham descoberto exatamente como isso funciona. O sonar do golfinho começa com estalidos distintos, que, segundo se pensa, não se originam na laringe, mas sim no sistema nasal. O melão — o bulbo de tecido adiposo na testa do golfinho — centraliza o som num feixe que “ilumina” uma área na frente do animal. Como é que os golfinhos ouvem seus ecos? Pelo visto, não com os ouvidos, mas sim com a mandíbula e órgãos associados, ligados ao ouvido médio. Significativamente, essa região contém o mesmo tipo de gordura que se encontra no melão do golfinho.
Os estalidos do sonar do golfinho são muito parecidos com uma forma de onda matemática chamada de função Gabor. Essa função, diz Hughes, prova que os estalidos do golfinho “são quase um sinal sonar matematicamente ideal”.
Os golfinhos podem ajustar a potência de seus estalidos de sonar de mero sussurro a um estampido de 220 decibéis. Qual a potência disso? Bem, a música de rock alta pode produzir 120 decibéis, e fogo de artilharia, 130 decibéis. Armados com um sonar muito mais poderoso, os golfinhos podem detectar coisas pequenas como uma bolinha de 8 centímetros a uma distância de 120 metros, e talvez ainda mais longe em águas calmas.
Não fica cheio de admiração e reverência ao refletir nos espantosos sentidos manifestos nas coisas vivas? Pessoas humildes e bem informadas em geral se sentem assim — o que nos faz voltar à pergunta sobre como nós somos feitos. É verdade que muitos de nossos sentidos perdem a imponência quando comparados com os de certos animais e insetos. Não obstante, somos os únicos que nos sensibilizamos com o que vemos na natureza. Por que temos tais sentimentos? E por que tentamos não apenas entender as coisas vivas, mas também compreender o seu objetivo e que lugar ocupamos entre elas?

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