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As orações de um pastor foram respondidas

Em 1986, no auge da luta entre os contra e os sandinistas, dois publicadores da pequena congregação de San Juan del Río Coco viajaram 100 quilômetros ao norte até Wamblán, uma cidade dos planaltos centrais, situada numa região de colinas semiáridas perto da fronteira com Honduras. O pequeno grupo de Testemunhas de Jeová que morava em Wamblán tinha saído da cidade havia dois anos por causa da guerra. Os dois irmãos procuravam um homem chamado Teodosio Gurdián. Ele explica por que eles o procuravam.

  “Eu havia sido pastor de uma igreja evangélica em Wamblán. Nossa igreja era dirigida pela Associação Nacional de Pastores Nicaraguenses (Anpen), uma organização composta de pastores de todas as igrejas protestantes de Manágua. Logo depois de os sandinistas assumirem o poder, a Anpen assinou um acordo aprovando a participação de pastores e membros das igrejas nas Comissões de Defesa Sandinistas e em outras organizações, incluindo o exército. Mas aquilo me incomodava. Eu pensava: ‘Como pode um ministro de Deus portar armas?’

  “Depois disso, adquiri o livro Verdadeira Paz e Segurança — De Que Fonte? de uma família de Testemunhas de Jeová que morava em Wamblán naquela época. Eu o li até bem tarde da noite. Comecei também a ler regularmente as revistas A Sentinela e Despertai!. Finalmente havia encontrado o verdadeiro alimento espiritual. De fato, eu até usava as informações em meus sermões. Quando os dirigentes da igreja ficaram sabendo disso, fui chamado à sede em Manágua.

  “Imaginando que eu agia daquela maneira por falta de conhecimento como pastor, eles me ofereceram um curso de erudição em Manágua, com duração de oito meses. Mas as coisas que eu havia aprendido nas publicações das Testemunhas de Jeová tinham base bíblica bem sólida. Por isso, fiz muitas perguntas aos dirigentes da Igreja, tais como: ‘Por que não pregamos de porta em porta como os primeiros cristãos? Por que cobramos o dízimo se os apóstolos não o cobravam?’ As respostas deles não foram satisfatórias e logo começaram a me chamar de Testemunha de Jeová.

  “Depois desse episódio, me desliguei da Igreja e comecei a procurar as Testemunhas de Jeová em Manágua. Mas estávamos em 1984, e as Testemunhas de Jeová se reuniam secretamente. Depois de duas semanas de buscas inúteis voltei para Wamblán e passei a sustentar minha família plantando milho e feijão.

  “As Testemunhas de Jeová que moravam em Wamblán haviam distribuído a maior parte de suas publicações antes de saírem da cidade. Por isso, sempre que via uma publicação na casa de alguém, perguntava à pessoa: ‘O senhor está lendo este livro? Pode vendê-lo para mim?’ A maioria das pessoas me dava a publicação, o que me ajudou a formar uma pequena biblioteca teocrática.

  “Embora eu não me identificasse abertamente como Testemunha de Jeová, as pessoas em Wamblán também começaram a me chamar por esse nome. Por isso, não demorou muito para que os agentes da Segurança do Estado quisessem saber das minhas atividades. Chegaram até a dizer que eu poderia pregar nas vilas vizinhas desde que descobrisse para eles os nomes dos moradores que estavam apoiando os contra. ‘Se eu fizesse isso’, respondi, ‘estaria renunciando ao meu Deus, e isso eu não posso fazer. Jeová exige devoção exclusiva’.

  “Em outra ocasião, um oficial do exército me pediu para assinar uma declaração de apoio aos sandinistas. Quando me recusei a assinar o documento, ele sacou a arma e me ameaçou: ‘Você não sabe que nós podemos eliminar parasitas que não servem à revolução?’ Mas em vez de me matar, ele me deu tempo para reconsiderar. Naquela noite, eu me despedi de minha esposa e disse: ‘Se eu assinar aquele documento, morrerei de qualquer modo. Mas se eu morrer sem assiná-lo, Jeová poderá lembrar-se de mim na ressurreição. Cuide das crianças e confie em Jeová. Ele nos ajudará.’ Na manhã seguinte eu disse ao oficial: ‘O senhor pode fazer o que quiser, mas não assinarei o documento.’ Ele balançou a cabeça e disse: ‘Parabéns! Eu sabia que essa seria a sua resposta. Conheço bem as Testemunhas de Jeová.’ Em seguida, ele me liberou.

  “Depois disso, passei a pregar de maneira mais aberta, viajando para muitas vilas distantes e convidando as pessoas interessadas para se reunirem. Entre os primeiros que aceitaram a mensagem estava um casal de idosos; depois outras famílias os acompanharam. Em pouco tempo, já havia 30 pessoas assistindo regularmente às reuniões. Eu usava números antigos de A Sentinela e, visto que tínhamos apenas um exemplar de cada revista, eu apresentava a matéria em forma de discurso. Cheguei até a estudar a Bíblia com alguns soldados, e um deles tornou-se Testemunha de Jeová.

  “Em 1985, um soldado que estava de passagem me falou a respeito de uma congregação das Testemunhas de Jeová em Jinotega, a uns 110 quilômetros ao sul de Wamblán. Eu pedi que um estudante da Bíblia de Wamblán me acompanhasse até lá. Foi no mercado que finalmente conseguimos informações sobre onde morava uma família de irmãos. A esposa nos atendeu. Quando nos identificamos como Testemunhas de Jeová, ela perguntou se estávamos ali para assistir à Comemoração. ‘O que é Comemoração?’, perguntamos. A essa altura da conversa, ela chamou o marido. Quando ele se convenceu de nossa sinceridade, convidou-nos a entrar. Infelizmente, a Comemoração havia sido realizada na noite anterior, mas ficamos na casa deles por três dias e assistimos pela primeira vez ao Estudo de Livro de Congregação.

  “Depois de voltarmos para Wamblán, continuei a pregar e a realizar as reuniões sem ajuda. Daí, na véspera da Comemoração de 1986, os dois irmãos citados no início chegaram. Nosso pequeno grupo de estudantes da Bíblia espalhou rapidamente a notícia a todos os interessados nas vilas locais, e 85 pessoas assistiram à nossa primeira Comemoração.

  “Fui batizado em outubro daquele ano, com meus primeiros estudantes da Bíblia — o casal de idosos já mencionado —, que na época estava na casa dos 80 anos. Atualmente, a Congregação Wamblán tem 74 publicadores e 3 pioneiros regulares. Eu tenho o privilégio de ser um dos anciãos da congregação. Em 2001, realizamos a Comemoração em três vilas além de Wamblán, e a assistência total foi de 452 pessoas.”

*** yb03 pp. 141-145 Nicarágua ***

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