A caça às bruxas ainda existe
Estigmatizadas como bruxas, mais de uma dúzia de mulheres no interior tribal da Índia foram mortas por multidões enfurecidas num período de dois meses, diz a revista India Today. “Muitas outras mulheres foram espancadas, torturadas, exibidas nuas em desfiles, humilhadas da maneira mais brutal e expulsas dos seus povoados.” A revolta começou com procissões religiosas que iam de povoado em povoado. Esse costume gerou um movimento de reforma social e redução nos crimes. Mas então algumas das mulheres nas procissões ficavam “possessas” e passavam a identificar certas aldeãs como bruxas responsáveis por problemas locais. Não passar num “teste” de inocência, como ressuscitar um morto se acusada de matar alguém, significava retribuição imediata. A crença na feitiçaria é considerada a raiz do problema e, segundo certo antropólogo, “origina-se do anseio nas sociedades tribais de utilizar o sobrenatural, a fim de ter poder contra o mau-olhado, poder para alcançar seus objetivos e poder para impor sua vontade a outros”.
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