Os ursos d’água são tardígrados, termo que significa “aquele que caminha lentamente”. Existem centenas de espécies conhecidas; as fêmeas colocam de 1 a 30 ovos por vez. Dezenas de milhares dessas minúsculas criaturas podem ser encontradas em uma pequena quantidade de areia ou terra molhada. Podemos encontrá-las especialmente em musgos que crescem nos telhados.
Os ursos d’água podem sobreviver nos ambientes mais extremos. “Espécimes mantidos no vácuo por oito dias, expostos ao gás hélio em temperatura ambiente por mais três dias e então mantidos por várias horas à temperatura de 272 graus Celsius negativos voltaram à vida quando expostos novamente à temperatura ambiente”, diz a Encyclopædia Britannica. Eles também podem sobreviver a níveis de radiação de raio X centenas de vezes maiores do que os níveis que matariam um ser humano. Além disso, podem sobreviver, pelo menos em teoria, ao vácuo do espaço por algum tempo.
O segredo dessas criaturas está na sua capacidade de entrar em estado latente, ou de inatividade, durante o qual seu metabolismo diminui para menos de 0,01% do normal — praticamente imperceptível! Para isso, retraem as pernas para dentro do corpo, substituem a água que perdem por um tipo de açúcar especial e se enrolam, adquirindo a forma de uma minúscula bola coberta de cera, parecida com um barril. Quando as condições e a umidade voltam ao normal, eles se tornam ativos novamente em questão de minutos ou de algumas horas. Numa certa ocasião, foi possível fazer com que ursos d’água que já estavam em estado de suspensão temporária das funções vitais por cem anos voltassem à vida.
De fato, silenciosamente, mas de modo maravilhoso, essas pequenas “coisas rastejantes” louvam a Jeová. — Salmo 148:10, 13.
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