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11:57

Quais os sintomas de um ataque cardíaco?



SE HOUVER sintomas de ataque cardíaco é vital ir ao médico imediatamente, pois o risco de vida é maior durante a primeira hora depois do ataque. O tratamento imediato pode poupar o músculo cardíaco de lesões irreparáveis. Quanto mais músculo cardíaco se poupar, tanto melhor o coração bombeará depois do ataque.


Contudo, há ataques cardíacos silenciosos, sem sintomas externos. Nesses casos, a pessoa talvez nem saiba que tem a doença das coronárias. Infelizmente, para alguns, um forte ataque pode ser a primeira indicação de problemas no coração. Em caso de parada cardíaca (o coração pára de bombear), há pouca chance de sobrevivência a menos que se chame imediatamente uma equipe de socorro e seja aplicada prontamente a ressuscitação cardiopulmonar (RCP).


Dentre os que têm sintomas de doença das coronárias, diz o boletim Harvard Health Letter, cerca da metade não procura ajuda médica imediatamente. Por que não? "Em geral porque não reconhecem o significado de seus sintomas, ou porque não os levam a sério."


João, uma vítima de ataque cardíaco e Testemunha de Jeová, faz o apelo: "Se você perceber algum problema, não deixe de ir ao médico por receio de parecer melodramático. Quase perdi a minha vida por não ter reagido logo."


O que aconteceu


João explica: "Um ano e meio antes do ataque cardíaco, um médico alertou-me a respeito do meu colesterol elevado, um forte fator de risco de doença das coronárias. Mas eu não me importei com isso, pois achava que era jovem - menos de 40 anos - e tinha boa saúde. Lamento profundamente não ter agido então. Tive outros avisos: falta de ar depois de esforço físico, dores que eu achava ser indigestão e, por vários meses antes do ataque, extrema fadiga. Eu atribuía quase tudo isso à falta de sono e ao excesso de estresse no trabalho. Três dias antes do ataque, tive o que imaginava ser um espasmo muscular no peito. Foi um pequeno ataque anterior ao grande, três dias depois."


Dor ou pressão no peito, chamado de angina, é um aviso para cerca da metade dos que sofrem um ataque cardíaco. Alguns sentem falta de ar ou fadiga e fraqueza, o que indica falta de oxigênio no coração devido à obstrução coronária. Esses sinais devem levar a pessoa a ir ao médico para um exame do coração. O Dr. Peter Cohn diz: "O tratamento da angina não garante que não haverá um ataque cardíaco, mas, pelo menos, reduz as possibilidades de um ataque iminente."


O ataque


João continua: "Naquele dia fomos jogar softball. Enquanto eu devorava um hambúrguer e batatas fritas no almoço, não liguei muito para um certo mal-estar, náusea e rigidez na parte superior do corpo. Mas, ao chegar ao parque e começar a jogar, percebi que havia algum problema. Com o passar da tarde, eu piorava cada vez mais.


"Várias vezes deitei no banco dos jogadores, de costas, tentando estirar os músculos do peito, que enrijeciam cada vez mais. Quando voltava a jogar, eu dizia a mim mesmo: 'Talvez tenha pegado gripe', pois, vez por outra, eu suava frio e tinha fraqueza. Quando corria, perdia o fôlego facilmente. Deitei de novo num banco. Ao sentar, não havia dúvidas de que eu estava em sério aperto. Gritei para meu filho, Jaime: 'Preciso ir ao hospital AGORA!' Meu peito parecia ter afundado. A dor era tão forte que eu não conseguia me levantar. Pensei: 'Isso não pode ser um ataque cardíaco, só tenho 38 anos!'"


O filho de João, com 15 anos na época, conta: "Apenas alguns minutos depois papai perdeu as forças, sendo preciso carregá-lo até o carro. Um amigo meu dirigiu o carro, e fazia perguntas ao meu pai, para acompanhar o seu estado. Por fim, papai não respondia mais. 'João!', gritou meu amigo. Mas, mesmo assim, papai não respondeu. Daí, papai fez um movimento brusco no assento, teve convulsões e vomitou. Eu gritava: 'Papai! eu amo você! Por favor, não morra!' Passada a convulsão, seu corpo ficou flácido. Pensei que tinha morrido."


No hospital


"Entramos correndo no hospital. Haviam-se passado dois ou três minutos desde aquele momento em que pensei que papai tivesse morrido, mas eu tinha esperança de que ele se salvaria. Para minha surpresa, umas 20 Testemunhas de Jeová que haviam estado no parque estavam agora na sala de espera. Elas me deram consolo e amor, que foi de grande ajuda naquele momento trágico. Uns 15 minutos depois, um médico disse: 'Conseguimos reanimar seu pai, mas ele teve um forte ataque de coração. Não temos certeza de que vai sobreviver.'


"Daí ele me permitiu ver meu pai, brevemente. As palavras de amor de papai por nossa família me comoveram. Sentindo muita dor, ele disse: 'Filho, eu amo você. Lembre-se sempre de que Jeová é a pessoa mais importante na nossa vida. Nunca deixe de servi-lo, e ajude sua mãe e seus irmãos a jamais pararem de servi-lo. Nós temos uma sólida esperança na ressurreição e, se eu morrer, quero ver todos vocês ao voltar.' Ambos derramávamos lágrimas de amor, angústia e esperança."


Maria, esposa de João, chegou uma hora depois. "Quando entrei na sala de emergências, o médico me disse: 'Seu marido teve um forte ataque cardíaco.' Fiquei entorpecida. Ele explicou que o coração de João havia sido desfibrilado oito vezes. Essa medida de emergência emprega impulsos elétricos para parar os batimentos caóticos do coração e restaurar o ritmo normal. Junto com a RCP, fornecimento de oxigênio e drogas intravenosas, a desfibrilação é um avançado método de salvar vidas.


"Quando vi João, fiquei condoída. Ele estava muito pálido, com o corpo cheio de tubos e cabos conectados a monitores. Orei silenciosamente a Jeová pedindo forças para suportar essa aflição, pensando nos nossos três filhos, e pedi orientação para tomar decisões sábias quanto ao que pudesse acontecer. Ao aproximar-me do leito de João, pensei: 'O que é que se pode dizer a uma pessoa amada numa hora dessas? Estamos realmente preparados para uma situação de risco de vida de tal magnitude?'


"'Querida', disse João, 'você sabe que eu talvez não escape dessa. Mas é importante que você e os meninos permaneçam fiéis a Jeová, porque este sistema em breve acabará e daí não haverá mais doenças nem morte. Quero acordar naquele novo sistema e ver você e os nossos meninos lá.' Lágrimas escorriam pelos nossos rostos."


O médico explica


"Mais tarde, o médico explicou-me em particular que os exames apontavam como causa do ataque cardíaco uma obstrução total na artéria descendente anterior esquerda. Havia obstrução também em outra artéria. O médico disse que eu tinha de tomar uma decisão a respeito do tratamento de João. As opções eram drogas e angioplastia. Ele achava que angioplastia seria melhor, assim, optamos por esta. Mas os médicos não deram certeza de êxito, pois a maioria não sobrevive a esse tipo de ataque cardíaco."


Angioplastia é uma técnica cirúrgica em que uma sonda, com um pequeno balão na extremidade, é introduzida na artéria coronária; o balão é inflado, desobstruindo a artéria. Esse procedimento tem alto índice de sucesso na restauração do fluxo sanguíneo. Quando várias artérias estão seriamente obstruídas, em geral se recomenda a cirurgia de ponte de safena.


Prognóstico sombrio


Depois da angioplastia, a vida de João continuou por um fio, por mais 72 horas. Por fim, seu coração começou a recuperar-se do trauma. Mas ele bombeava com apenas metade de sua capacidade anterior, e boa parte dele se tornara tecido morto. Assim, a possibilidade de João tornar-se cardiopata era quase certa.


Em retrospecto, João admoesta: "Devemos ao nosso Criador, à nossa família, aos nossos irmãos espirituais e a nós mesmos a obrigação de acatar os avisos e cuidar de nossa saúde - em especial se corrermos risco. Podemos, em grande medida, ser causa de felicidade ou de tristeza. Depende de nós."


O caso de João era grave e exigia atenção imediata. Mas nem todo mundo que sente algum tipo de azia precisa ir correndo ao médico. No entanto, o caso dele é um alerta, e os que acham que têm os sintomas devem fazer um exame.


O que se pode fazer para reduzir o risco de ataque cardíaco? O próximo artigo considerará isso.



[Nota(s) de rodapé]


Os nomes nestes artigos foram mudados.



[Quadro na página 6]


Sintomas de ataque cardíaco


• Incômoda sensação de pressão, aperto ou dor no peito que dure mais do que alguns minutos. Pode ser confundida com azia intensa


• Dor que talvez se irradie para o queixo, o pescoço, os ombros, os braços, os cotovelos ou a mão esquerda, ou que se manifeste apenas num desses pontos


• Dor prolongada no abdômen superior


• Falta de ar, tontura, desmaio, muita transpiração, ou suor frio


• Exaustão física, talvez semanas antes do ataque


• Náusea ou vômito


• Freqüentes ataques de angina, não provocados por esforço físico


Os sintomas podem variar de brandos a fortes, e nem todos ocorrem em cada ataque cardíaco. Mas, em caso de combinação desses sintomas, procure ajuda logo. No entanto, há casos sem sintomas; são chamados de ataques cardíacos silenciosos.


[Quadro na página 7]


Medidas de sobrevivência


Se você, ou um conhecido seu, apresentar sintomas de ataque cardíaco:


• Reconheça os sintomas.


• Pare o que estiver fazendo, sente-se ou deite-se.


• Se os sintomas durarem mais de alguns minutos, telefone para uma unidade de emergência. Diga ao plantonista que há suspeita de ataque cardíaco e dê-lhe as informações necessárias para localizar você.


• Leve a vítima a um pronto-socorro você mesmo, se isto for mais rápido. Se a vítima é você, peça a alguém que o leve lá.


Enquanto espera pela equipe médica:


• Afrouxe a roupa apertada, incluindo cinto ou gravata. Coloque a vítima numa posição confortável, com travesseiros para apoiar a cabeça, se necessário.


• Fique calmo, seja você a vítima ou o socorrista. O nervosismo pode aumentar a probabilidade de arritmia, que pode ser fatal. A oração pode ter um forte efeito calmante.


Se a vítima aparentemente parou de respirar:


• Pergunte, em voz alta: "Está me ouvindo?" Se não houver resposta nem pulso, e se a vítima não respirar, comece a ressuscitação cardiopulmonar (RCP).


• Lembre-se dos três passos básicos da RCP:


1. Levante o queixo da vítima, para manter livre a passagem de ar.


2. Com a passagem de ar desobstruída, tape o nariz da vítima e sopre lentamente duas vezes para dentro da boca (respiração boca-a-boca) até elevar um pouco o nível do tórax.


3. Massageie 10 a 15 vezes no meio do tórax, entre os mamilos, para fazer sair o sangue do coração e do tórax. A cada 15 segundos, faça um ciclo de duas respirações boca-a-boca seguidas de 15 massagens, até que o pulso e a respiração retornem, ou chegue a equipe de socorro.


A RCP deve ser feita por alguém treinado para isso. Mas, na falta disso, "qualquer RCP é melhor do que nenhuma", diz o Dr. R. Cummins, diretor de uma unidade de emergência do coração. A menos que alguém inicie esses passos, as chances de sobrevivência são muito remotas. A RCP mantém viva a pessoa até chegar o socorro.

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