Não há contradição. Uma das declarações focaliza a responsabilidade individual, e a outra reconhece o fato de que o erro de uma pessoa pode ter consequências sobre seus descendentes.
O contexto de Ezequiel, capítulo 18, mostra que a ênfase é na responsabilidade individual. “A alma que pecar — ela é que morrerá”, diz o versículo 4. Que dizer do homem que é “justo e tem praticado o juízo e a justiça”? “Ele positivamente continuará a viver.” (Eze. 18:5, 9) Assim, após atingir uma idade em que possa ser responsabilizada pelos seus atos, toda pessoa é julgada “segundo os seus caminhos”. — Eze. 18:30.
O caso do levita Corá ilustra esse princípio. Durante a jornada de Israel no ermo, Corá ficou descontente com seus privilégios de serviço. Num esforço para usurpar deveres sacerdotais, Corá e outros se rebelaram contra Moisés e Arão, representantes de Jeová. Por ambicionarem presunçosamente o sacerdócio — um privilégio para o qual não estavamcredenciados — Jeová executou Corá e suas forças rebeldes. (Núm. 16:8-11, 31-33) Mas os filhos de Corá não participaram na rebelião. Deus não os responsabilizou pelo pecado de seu pai. A lealdade deles a Jeová resultou na preservação de suas vidas. — Núm. 26:10, 11.
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