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As Testemunhas de Jeová e as expectativas frustradas - foram falsas profecias?


É comum se lançar a acusação de que as Testemunhas de Jeová sejam os “falsos profetas”. Citam, pelo fato de que as Testemunhas de Jeová terem desenvolvido expectativas que posteriormente frustraram-se, o texto de Deuteronômio 18:20-22. Esta passagem menciona:

“o profeta que presumir de falar em meu nome alguma palavra que não lhe mandei falar ou que falar em nome de outros deuses, tal profeta terá de morrer. E caso digas no teu coração: “Como saberemos qual a palavra que Jeová não falou?” quando o profeta falar em nome de Jeová e a palavra não suceder nem se cumprir, esta é a palavra que Jeová não falou. O profeta proferiu-a presunçosamente. Não deves ficar amedrontado por causa dele.”

É válida a acusação? Se fizermos uma consideração sem prejuízos da citação de Deuteronômio, pode-se concluir que tal crítica não se aplica às expectativas que se tem documentado. Por que? 
Pois bem, muitas das ditas ‘predições’ que se tem considerado até agora não surgem por que alguma pessoa tenha afirmado que Deus a tenha falado ou tenha mandado pessoalmente difundir alguma profecia original. Digno de nota é que nenhuma das Testemunhas de Jeová, ou mesmo os que tomavam a dianteira entre elas no passado recente, nunca afirmaram em suas publicações que recebia alguma revelação divina especial. Sobre isso, veja o que diz a nota de rodapé do artigo “Por que tantos alarmes falsos?”, na revista Despertai! de 22/03/1993, pág. 4: 

“As Testemunhas de Jeová, devido ao seu anseio pela segunda vinda de Jesus, mencionaram datas que se mostraram incorretas. Por isso, há quem as chame de falsos profetas. No entanto, nunca nesses casos presumiram que suas predições eram feitas ‘no nome de Jeová’. Nunca disseram: ‘Estas são as palavras de Jeová.’ The Watchtower (A Sentinela), publicação oficial das Testemunhas de Jeová, já disse: “Não temos o dom da profecia.” (Janeiro de 1883, página 425) “Nem desejamos que os nossos escritos sejam reverenciados ou considerados infalíveis.” (15 de dezembro de 1896, página 306) A Sentinela disse também que terem alguns o espírito de Jeová “não significa que os que servem agora como testemunhas de Jeová são inspirados. Não significa que os escritos nesta revista A Sentinela são inspirados e infalíveis e sem erros”. (Setembro de 1947, página 135) “A Sentinela não se diz inspirada em suas pronunciações nem é dogmática.” (15 de agosto de 1950, página 263) “Os irmãos que preparam essas publicações não são infalíveis. Seus escritos não são inspirados assim como eram os de Paulo e dos outros escritores bíblicos. (2 Tim. 3:16) E assim, às vezes, tornou-se necessário corrigir conceitos, conforme o entendimento se tornou mais claro. (Pro. 4:18)” — 15 de agosto de 1981, página 19”

Ou seja, quase todas essas expectativas foram pontos de vista errôneos sobre profecias verdadeiras já escritas na Bíblia. As interpretações foram inexatas, mas as profecias e relatos bíblicos continuam sendo verdadeiros. 

Inclusive, no texto de Mateus 24:44, Jesus parece indicar que os cristãos verdadeiros que viveriam durante o tempo do fim fariam predições inexatas sobre o tempo específico de sua vinda. Reza o texto:“Por esta razão, vós também mostrai-vos prontos, porque o Filho do homem vem numa hora em que não pensais.” Os discípulos de Cristo poderiam presumir que algumas ocasiões em que acontecimentos decisivos culminariam com a vinda de Jesus, mas, como vimos, poderiam se equivocar. Isso certamente não os converteria em falsos profetas, pois eles não fizeram nenhuma profecia, mas se equivocaram ao interpretar as profecias bíblicas. 

É interessante notar que a Bíblia proporciona exemplos de servos fiéis de Jeová que entenderam mal e, portanto, interpretaram mal o propósito de Deus em alguma situação profética. 
Consideremos o caso do respeitado profeta Natã, em 1 Crônicas 17:1-4. Diz-nos o relato:
“E sucedeu que, assim que Davi começara a morar na sua própria casa, Davi passou a dizer a Natã, o profeta: “Eis que moro numa casa de cedros, mas a arca do pacto de Jeová está debaixo de panos de tenda.” Então Natã disse a Davi: “Faze tudo o que estiver no teu coração, pois o [verdadeiro] Deus está contigo.” E aconteceu, naquela noite, que a palavra de Deus veio a Natã, dizendo: “Vai, e tens de dizer a Davi, meu servo: ‘Assim disse Jeová: “Não serás tu quem me construirá uma casa para morar.”
O versículo 15 acrescenta: “Segundo todas estas palavras e conforme toda esta visão foi que Natã falou a Davi.” O profeta teve que retificar. Ele havia se mostrado seguro de que Deus apoiaria a Davi com os projetos que tinha, mas se equivocou. 

Há também o caso do profeta Jonas, que proclamou o seguinte aos ninivitas: “Apenas mais quarenta dias e Nínive será subvertida”. O profeta proclamou uma mensagem incondicional e afirmou categoricamente que isto ia acontecer, muito embora o próprio Jeová o tenha instruído de outra forma (Jonas 3:4; cf. 1:2 e 3:2). A mensagem de Jeová sobre a punição dos ninivitas era condicional. Embora Jonas soubesse que Jeová poderia estender sua misericórdia, ainda continuou na expectativa de que sua precipitada mensagem se cumprisse (Jonas 4:2,5). É claro que pelo fato de Jeová ter deplorado o que havia dito e que não se cumprisse o que Jonas afirmou que iria acontecer, isso em si não tornaria o fiel profeta Jonas um ‘falso profeta’, não é mesmo? 

O Evangelho de João, capítulo 21, versículos 22 e 23, nos proporciona outro exemplo. Falando acerca do apóstolo João, Jesus declarou o seguinte: 
“Jesus disse-lhe: “Se for a minha vontade que ele permaneça até eu vir, de que preocupação é isso para ti? Continua tu a seguir-me.” Em conseqüência, difundia-se esta palavra entre os irmãos, que esse discípulo não ia morrer. No entanto, Jesus não lhe disse que não ia morrer, mas:“Se for a minha vontade que ele permaneça até eu vir, de que preocupação é isso para ti?”
Foi certa esta predição atribuída a Cristo e difundida entre os membros das congregações primitivas? Não, não foi. 

Possivelmente, o caso mais conhecido de expectativas futuras errôneas registradas na Bíblia se encontra em Atos 1:6, 7. Aqui, os discípulos perguntaram ao ressuscitado Jesus: 
“Senhor, é neste tempo que restabeleces o reino a Israel?” Disse-lhes ele: “Não vos cabe obter conhecimento dos tempos ou das épocas que o Pai tem colocado sob a sua própria jurisdição.”
Esta pergunta indicou qual era seus pontos de vista profético sobre o que esperavam que Jesus faria em sua primeira vinda. Isto também se indica no Evangelho de Lucas, capítulo 24, versículo 21. Nesta passagem, a dois dos discípulos de Jesus que caminhavam desde a aldeia chamada Emaús se uniu a eles o próprio Jesus ressuscitado, sem que o reconhecessem. Falando sobre as expectativas que haviam abrigado com respeito a Cristo, disseram:

“Mas nós esperávamos que este [homem] fosse o destinado a livrar Israel.”

Este ponto de vista sobre as profecias que tinham os discípulos de Cristo resultou ser um erro. O Reino de Cristo não se estabeleceu no Israel natural no primeiro século. Os apóstolos e seus associados tiveram que ajustar sua forma de pensar e, portanto, seus ensinamentos sobre este assunto. 

Todos os servos fiéis, ao longo dos tempos, desenvolveram e mantiveram expectativas sobre promessas vindouras, baseadas em profecias verdadeiras. Os israelitas que viveram pouco depois de Abraão possivelmente ficaram aguardando o tempo em que ‘voltariam’ para Canaã, conforme se foi prometido a ele em Gênesis 15:10. A Bíblia também relata que o profeta Daniel estava em expectativa com respeito à restauração de Jerusalém (Daniel 9:1,2; Jeremias 25:11) e com o desfecho de suas visões (Daniel 12:6-8); mostra que todos os profetas viviam em expectativa (Miqueias 7:7; Habacuque 2:3; Sofonias 3:8; Mateus 13:17; 1 Pedro 1:10-12); que os judeus estavam em expectativa do aparecimento do Messias (Daniel 9:25; cf. Lucas 3:15 e João 10:24).

Esses são apenas alguns dos muitos exemplos demonstrados pela Bíblia. 
Concluindo, para aqueles que aceitam a Bíblia como a Palavra de Deus, suas profecias são absolutamente verdadeiras e confiáveis. Não perdem seu valor pelo fato de que alguém as interprete erroneamente, independente de quem o faça. Tanto servos fiéis da antiguidade como os de nossos tempos, interpretaram erroneamente profecias por aguardarem em expectativa ansiosa o cumprimento delas, conforme vimos nos exemplos citados acima. Assim sendo, ainda merecem nosso respeito e interesse, pois transmitem esperança sobre um mundo melhor em que o Criador fará com que todos seus súditos obedientes e amorosos desfrutem das bênçãos que Ele tem em promessa. (2 Pedro 3:13; Revelação 21:3,4) 

Assim como os fiéis profetas e cristãos do passado que tiveram expectativas erradas e ajustes em seus pontos de vista não foram taxados de ‘falsos profetas’, as Testemunhas de Jeová também merecem o mesmo respeito por se ‘manter na expectativa’ ! 

Entretanto, como veremos a seguir, muitos opositores das Testemunhas de Jeová e apóstatas tem divulgado inverdades sobre o assunto. Alguns destes até mesmo fazem parte de igrejas que tem um vasto histórico de falsas expectativas e predições. Quanta hipocrisia, não acham? Vejamos a seguir tais fatos que muitos preferem 'varrer pra debaixo do tapete'!

Há um artigo na Página Tradução do novo mundo defendida que documentará e analisará alguns casos de predições e expectativas não cumpridas dentro de grandes confissões religiosas que professam ser cristãs, tais como a Igreja Católica Romana, Igreja Luterana, Batista, Assembleia de Deus, Adventistas e outras. Você se surpreenderá ao ver quantas predições e expectativas seus membros fizeram, ao tentarem interpretar a escatologia bíblica. Claro que nosso objetivo não é ridicularizar tais denominações, a despeito do que muitos de seus membros fazem em relação a nós. Ao contrário, nosso propósito é mostrar que eles "olham para o argueiro no olho de seu irmão, mas não observam a trave no seu próprio olho" e que "coam o mosquito, mas engolem o camelo" - Lucas 6:41; Mateus 23:24.


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