Ar Antigo

Como era o ar há 4.600 anos? É isso que os cientistas esperam descobrir ao penetrarem na câmara subterrânea do lado sudoeste da Grande Pirâmide de Giza. Julga-se que a câmara de 29 metros de comprimento, coberta por lajes de pedra calcária de 1,20 a 1,80 metro de espessura, contenha um segundo barco funerário antigo para a “alma” do Faraó Quéops. O primeiro — distante apenas 3,70 metros do sítio atual — foi descoberto em 1954. Tal barco de madeira, de 40 metros de comprimento, e em excelente estado de conservação, está sendo exibido num museu construído especialmente para ele. As duas câmaras, a uns 9 metros de profundidade e cobertas por 3 metros de entulhos, escaparam das devastações do tempo e dos ladrões de tumbas. Espera-se que a segunda seja como a primeira — estando hermeticamente selada com cimento de gipso, assim aprisionando o ar antigo. Será empregada a tecnologia espacial para penetrar na câmara sem introduzir ar externo. Isto habilitará os cientistas a medir especialmente o bióxido de carbono e o monóxido de carbono do ar interno, compará-los com os níveis atuais, e talvez elucidar um pouco a questão de se a Terra está realmente se aquecendo, conforme crêem alguns cientistas.